Quando entrei, reparei num fulano alto, com ar de árabe, de mochila e máquina fotográfica na mão, à porta do museu. Entrei (aqui os museus e galerias são todos gratuitos), lá vi o museu e voltei a sair.
Quando saí, o tal fulano (que ainda lá estava) aproximou-se de mim, com um ar um bocado envergonhado e perguntou-me se eu lhe podia tirar uma fotografia em frente à porta do museu. Respondi que sim, tirei-lhe umas 9 (3 em cada pose, porque tirar fotografias não é bem a minha especialidade), e quando lhe devolvi a máquina, ele disse num inglês arrevesado, "No one want to take picture to me. You are from where?, respondi "Portugal" e ele disse, "Oh, Portugal. Me from Morocco. Portugal, Morocco brothers". Deu-me um aperto de mão que quase me arrancou um braço, e um daqueles sorrisos que deixam o Sol inglês um bocadinho mais quente.
Afastei-me a pensar na minha boa acção. Sim, porque é preciso vir uma pessoa de Lisboa, para tirar uma fotografia a um marroquino, em frente ao Museu Nacional do Futebol em Manchester.
Viva Marrocos! Vivam os Magrebinos!
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